segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O malabarista tá de casa nova!

Senhoras e senhores, uma vez que o blog se desviou muito do propósito original, resolvi me mudar, então tái pra vocês um blog novinho em folha, quentinho, acabou de sair do forno, com cheirinho de papel novo.
http://malabaresreticentes.blogspot.com/
Obrigado pela atenção.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Luzes de Natal.



Dave virou enfim a esquina da Rua Oxford, depois de algum tempo de caminhada. Parou e contemplou a rua. Casas antigas e muito parecidas entre si a ladeavam, intocadas pelo tempo. A rua em si era estreita e estava coberta por um tapete de neve do dia anterior: naquele dia ainda não havia nevado. Postes de ferro estavam nos mesmos locais nos quais haviam sido instalados há tantos anos, porém as luzes que lançavam seus raios com dificuldade através dos finos e congelados vidros não eram provenientes de chamas, como originalmente, mas sim de lâmpadas elétricas. A rua terminava numa praia, uma faixa estreita de areia, seguida do mar, escuro e calmo. Dave ficou impressionado com a quantidade de histórias ás quais aquele estreito pedaço de terra calçada poderia ter servido de cenário.
Será que a minha história ainda pode ser mudada, ou será tarde demais? pensou para si.

domingo, 31 de julho de 2011

Fugaz Felicidade.

Lá estão Henry e Katherine, sentados de braços dados num tronco em volta da fogueira. Na casa, algumas das luzes ainda estão acesas, e os pais dos dois conversam animadamente na sala. Eles podem ouvir as vozes. Henry contempla Katherine ao seu lado, admira o jeito como a luz da fogueira reluz em seus cabelos e olha em seus olhos com aquele olhar que ela já conhecia. "Aqui não", ela murmura, "Eles podem nos ver pela janela." Os dois se levantam e se dirigem ao campo aberto. A mãe de Katherine percebe esse movimento pela janela, como a moça esperta previra, e lhe chama: "Katherine? Henry? Onde vocês vão?"
"Está tudo bem, mamãe, queremos apenas contemplar as estrelas e a luz da fogueira não permite."
"Antes, a luz da fogueira permite que vejamo-nos, não é?" A vivida senhora pensa, porém replica apenas: "OK, mas não se afastem muito e nem entrem na mata virgem!"

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Dos arbustos, a criatura espreita o grande brilho dentre a escuridão. Odiava o grande brilho. Todos os grandes brilhos têm dentro de si o Brilho que lhe apetece, porém ele não consegue distingui-lo do brilho que queima. A criatura suspira, pensando em quantas vezes queimara sua longa língua quando filhote, atacando indiscriminadamente qualquer grande brilho que visse pela frente. Um movimento junto ao grande brilho lhe atrai a atenção. Dois Brilhos, do tipo mais pulsante, se destacam do grande brilho e se movimentam em sua direção, e ele agradece à floresta pela graça, preparando suas articulações para o bote e começando a seguir os brilhos.

sábado, 14 de maio de 2011

O Gatilho

    A campainha tocou. Marcos foi atendê-la, transtornado. Recebeu o homem alto que batia, identificou-o como o hipnotizador com quem falara mais cedo e pediu-lhe que entrasse.
     "Ele está lá em cima. Não falou uma palavra desde o acidente."
     O homem assentiu, sombrio. Marcos o levou para cima. No caminho passaram pela entrada da cozinha, pela qual puderam ver um mulher sentada á mesa, a face enterrada nas mãos, parada como que petrificada. Se essa visão surtiu algum efeito no homem alto, ele não o demonstrou. Subiram as escadas e Marcos introduziu o homem a um quarto. Neste a luz estava apagada e um menininho de dez anos olhava a chuva, os ombros caídos. Um relâmpago passou pela janela e o trovão ribombou pelo quarto, mas o menino nem piscou.
    "Carlos" chamou Marcos "Você tem visita."
    O menininho virou sua cabeça lentamente para a porta. "Quem é?" Ele disse, numa voz que era um fiapo que arranhava por uma garganta tornada áspera, algumas horas atrás, por um pranto desesperado. Seus olhos muito pretos quase não brilhavam.
     "Um amigo" o homem alto disse, arrastando uma cadeira para a frente do menino e puxando um pêndulo do bolso do casaco.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Amsterdã/ Transtorno/ Um sinal

ATENÇÃO-As músicas separam o texto em três "capítulos", que foram inspirados justamente nelas. Portanto, ouvi-las enquanto lê-los deve lhe oferecer uma experiência mais completa.


Um avião cruzava o céu noturno. Lá dentro, a jovem jornalista Violet tentava se distrair com as músicas de seu MP3 Player, enquanto olhava pela janela. O brilho de determinada estrela pareceu aumentar enquanto ela olhava para ela. A aeromoça perguntou algo, e ela desviou seu olhar. Ao voltá-lo para a estrela o seu brilho diminuía, até que, diante dos seus olhos, ela sumiu. Perguntou-se se estaria ficando louca, se seria apenas um reflexo de alguma luz lá debaixo, ou se alguém mais havia visto o que ela vira.

Alguém mais vira. Um rapaz, sentado no capô de seu carro, olhava o céu distraído. Uma estrela se apagara diante de seus olhos e ele não estava nem aí. Pra ele, todas as estrelas haviam se apagado quando ela decidira morar no exterior.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ligeira Confusão

<-Início da gravação->
 -Preste atenção a essas instruções, pois elas não se repetirão. Entre na estação Largo do Machado do Metrô Rio ás 22:00 do dia 13/01/10. Pegue o metrô que sairá pontualmente ás 22:10. Na estação Botafogo, um rapaz de camisa amarela entrará no terceiro vagão e se sentará no fundo, numa cadeira preferencial para idosos. Entregue o envelope a ele e salte na estação Cardeal Arcoverde. Um de nossos homens estará lhe esperando com um carro preto.
<-Fim da gravação->

sábado, 20 de novembro de 2010

Tique-Taque

     O bar era sujo. O barman não tinha vergonha de admiti-lo. E também não se cansava de repetir: "Não devo nada a ninguém até que alguém me peça um copo de cerveja. Neste caso, deverei a alguém um copo de cerveja.". Porém ninguém lhe pedia um copo de cerveja e portanto, o barman prosseguia sem dever nada a ninguém.
     Um belo dia... Não, não era um belo dia. Mas também não se pode dizer que era um dia horrível. Quer dizer, o sol estava no céu. Talvez fosse só um dia normal. Isso, um dia normal.
     Num dia normal, mais ou menos ás 13h, um homem entrou no bar. Vestia um terno azul claro e levava uma maleta. Foi direto á uma mesa da janela, se sentou numa cadeira, deixou a maleta sobre a mesa e se debruçou sobre a mesma, escondendo o rosto nos braços. O barman assistiu á cena, apoiado no balcão, uma vez que naquele bar sujo não havia mais nada pra fazer, e estava começando a pensar em se levantar e cutucar o homem e dizer que seu bar só se transformaria num dormitório através do pagamento de uma taxa. E essa taxa era equivalente ao preço de um copo de cerveja. Que viria no pacote dormitório, pra ajudar a chamar o sono.
     Porém, antes que pudesse se levantar, ouviu algo. Um som que não ouvia há muito tempo. Até que, como que para sanar suas dúvidas, ele começou a ver o homem ter leves espasmos. Ah, sim. O som era chamado "soluço". E produzido, usualmente, quando um ser humano encontra-se num estado de melancolia tão profundo que começa a verter gotas de água pelos olhos, estado conhecido como choro. Talvez tivesse estudado isso na escola. Mas afinal, havia sido há tanto tempo... Não importa: o importante era avisar ao homem que o pacote-choratório custaria mais caro, uma vez que o acompanhamento era um copo de uísque.
     No entanto, antes que o homem pudesse reunir forças para sair daquele posto de vigília há tanto tempo assumido, o homem parou de ter espasmos e se aquietou. O barman levantou uma sobrancelha, sem saber como agir diante daquela situação. Que dia movimentado! Em pouco, o homem ressonava. O barman suspirou: de volta ao pacote-dormitório.
     Se aproximar do homem foi mais fácil do que ele pensara. Entretanto, ao fazer menção de cutucá-lo, ou viu outro som, ligeiramente abafado. Parecia repetitivo. Talvez viesse de sua maleta, provavelmente um toque de celular. Aproximou a orelha encardida da maleta e ouviu: tique-taque, tique-taque.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Isto não é rock.

Ah, droga. Tô falando muito de rock. Vcs vão achar que eu sou um rocker que fica o dia inteiro escutando Iron no último volume e treinando solos quilométricos de guitarras. Eu não sou nada disso, embora não seja nenhum problema ser tudo isso. Tudo bem, talvez essas pessoas tenham um pequeno desvio, mas não chega a se tornar um problema. Mas parem de quebrar as guitarras nos shows. Tô vendo o dia que as tarraxas vão cegar um fã.

Desviei-me ligeiramente do assunto. Ah.

Enfim, depois do post "Acredite no rock nacional", eu realmente tive que fazer esse. Mentira. Foi depois que eu comecei a encher o saco com as pessoas dizendo que Restarte é rock.. Peraí, vou começar por onde se deve começar o que se torna necessário começar-se: O princípio começo.





sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Acredite no rock nacional.

Antes de mais nada, eu não sou um especialista em rock. Não conheço todos os caras clássicos, como Bob Dylan, Crosby, Stills & Nash, Van Halen, Neil Young e Jimi Hendrix (mas hei de conhecer). No entanto não sou um completo leigo. Embora meu estilo favorito seja o Indie (bandas como Coldplay, The Killers, Keane e Arctic Monkeys) eu também curto algumas bandas de rock atuais, como Green Day, Pearl Jam e The Strokes. E é nesse rol que entra o rock nacional. Talvez você ache que o rock nacional não tem esperança, mas isso provavelmente se deve ao fato da única banda brasileira de rock que toca na rádio e no Multishow seja a Strike. Que é legal, mas não é duas. Apresento-lhes algumas das bandas mais legais de rock brasileiras que descobri recentemente:



terça-feira, 3 de agosto de 2010

Balanço Geral

Depois de muito tempo, resolvi dar mais das minhas ocasionais dicas musicais, cinematográficas, literárias e o que mais for:

WEB: (Eu sei que vc já viu, mas whatever) Felipe Neto.
Depois desse título nada sugestivo, eu não deveria nem colocar descrição, mas eu creio que a minha opinião sobre o Felipe Neto é um tanto quanto peculiar. Felipe Neto é um sociólogo. Não falo isso da boca pra fora, eu sei o significado da palavra sociólogo. Ele faz em seus vídeos uma análise crítica dos maiores problemas dos jovens de hoje em dia (falou o velho), tais como: playboys, colírios da capricho, bandas coloridas, justin bieber e crepúsculo. Adicionando uma pitada (na medida certa) de humor, o cara virou um viral. E o que é bom é que, se fosse um sociólogo velho, ninguem daria ouvidos. Vai aí uma amostra grátis.



Se gostar, vá atrás do canal do rapaz.